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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Revolução Francesa

O inicio da revolução deu-se em Maio de 1789, depois da reunião dos estados gerais, convocados por Luís XVI para resolverem o problema da grave crise financeira, económica e social que França vivia.
Estas crises aconteceram porque:
  •  Uma minoria de privilegiados detinha a maior parte das propriedades
  •  O terceiro Estado era sobrecarregado com impostos, rendas e serviços
  •  Maus anos agrícolas
  •  Concorrência dos produtos ingleses
  •  Decadência do comércio devido à perda das colónias
  •  Elevadas despesas com a Corte e com as guerras

A reunião dos Estados Gerais em Versalhes marcou o início da Revolução Francesa porque não houve entendimento quanto à forma como deveria decorrer a votação. O Terceiro Estado, representado por uma maioria de deputados, defendia que a votação deveria ser feita por cabeça, enquanto que o clero e a nobreza defendiam a votação por ordem.
O Terceiro Estado, constituindo a esmagadora maioria da população (98%), toma a Bastilha e assume-se como Assembleia Nacional Constituinte.
O rei tentou dissolver a Assembleia Nacional Constituinte, o que provocou a revolta da população. O povo de Paris, dirigido por alguns burgueses, assaltou a Bastilha, símbolo do poder absoluto.
Depois foi feita a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão que se centrava:
  •  Na Liberdade Individual
  •  Na Igualdade
  •  Na soberania nacional
  •  No princípio da separação dos 3 poderes

Esta declaração foi feita com base nos ideais iluministas e na declaração Americana.
Em 1791, foi feita uma nova Constituição, que estabelecia uma monarquia constitucional, que mantinha o rei mas este teria varias restrições de acordo com a  Constituição, e uma Assembleia Legislativa constituída por deputados eleitos pelos cidadãos.
No ano seguinte um grupo de revolucionários matou o rei e a rainha e em seguida assumiu o poder formando o governo da convenção que instituiu o famoso período do "TERROR", perseguindo os contra-revolucionários e oprimindo todos os que se opusessem a eles.
A burguesia moderada realizou um golpe de estado formando o governo do directório que se destacou por ter estabilizado a economia e por decretar o estado laico, isto é separou a igreja do estado.
Por fim em 1799 ocorreu outro golpe de estado liderado por Napoleão Bonaparte que formou o governo do consulado que estabilizou a economia Francesa!
Napoleão, um pouco mais tarde foi tornado imperador francês.


Declaração dos direitos do homem e do cidadão

Reunião dos estados gerais

Revolução Francesa

Execução de D. Luis XVI
Napoleão Bonaparte com o seu famoso cavalo branco

D. Luís XVI com a sua esposa Rainha Maria Antonieta

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Revolução Americana

Em 1776, na América do Norte, nas 13 colónias, aconteceu a primeira revolução liberal.

Houve várias causas que levaram à revolução:
  •  O Endurecimento da política colonial principalmente depois da guerra do 7 anos
  •  O governo decidiu aumentar a carga fiscal nas colónias, primeiro com novos direitos sobre os melaços e os produtos das Antilhas, depois com o imposto do selo e por fim com o algumas taxas no chá, no papel, no vidro e no chumbo. Isto tudo para recompor as fracas finanças devido ás guerras internas e a dos 7 anos
  •  Limitaram o comércio com a metrópole 
  •  Por fim, a Inglaterra recusou a inclusão de representantes americanos no parlamento de Londres.
Desde 1774 até 1776 que existiram 3 congressos, feitos pelos representantes das 13 colónias, para resolverem os problemas inglês, mas só no 3º congresso de Filadélfia é que se aprovou a declaração da independência esta incluía ideias iluministas:
  •  Todos os homens nascem iguais, o que resultou na destruição das ordens sociais privilegiadas
  •  O princípio soberania nacional, em que todos cidadãos têm o poder de nomear os seus representantes
  •  E a separação dos três poderes: legislativo, executivo e judicial
Mas a independência só foi conseguida depois de uma grande guerra que obrigou os americanos a organizarem um exército de voluntários que nada sabiam sobre guerra mas com a ajuda e a chefia de George Washington e dos franceses fez deles um bom exercito.



 
Revolução Americana
Declaração da Independência de 1776




George Washington
Boston Tea Party - marca o inicio da revolução americana




domingo, 6 de fevereiro de 2011

Iluminismo

O Iluminismo foi uma corrente filosófica e cultural que atingiu o seu auge no séc. XVIII, e foi dele que originou a revolução francesa e americana. O Iluminismo valorizava o homem, e aquilo que este tinha de mais precioso, a razão. Os iluministas acreditavam que se usassem a razão iriam formar sociedades mais justas e desenvolvidas, até chegarem à felicidade.
Os filósofos, depois de formularem os direitos naturais, afirmavam que todos nasciamos iguais e que todos tinham direito À liberdade!
As sociedades de ordens eram muito criticadas pelo povo, pois a nobreza recebia privilégios por herança, mas de acordo com os ideais iluministas, todos nascem iguais e os superiores deviam tratar os inferiores como se fossem iguais a eles, estes ideias favoreciam muito a burguesia.
A tradição e a igreja também eram diferentes de acordo com os ideias iluministas, porque por estes cada um devia poder ter a religião que quizesse, ou seja, deveria haver mais tolerancia!
A educação era uma grande preocupação do iluminismo, pois acreditava-se que a divulgação do saber permitia o desenvolvimento das capacidades racionais dos indivíduos, com o objetivo de formar cidadãos, que pudessem intervir na política da nação conscientemente, e não súbditos, que obedeceriam aos soberanos. As mulheres deveriam também ter a oportunidade de estudar.
O Iluminismo defendia que o poder do rei não tinha origem divina, e que não fazia sentido um indivíduo ter todo o poder concentrado nas suas mãos.
O Liberalismo é a grande expressão enquanto sistema politico do iluminismo, que consistia em regimes parlamentares ou seja devia haver um governo que defende-se a igualdade e liberdade dos cidadãos, os governantes do governo são nomeados segundo a soberania nacional, atravez de eleiçõs, sempre que se verifique um abuso de poder do governo, o povo tinha o direito de o expulsar e escolher outro governo para o substituir.

O Iluminismo defendia o princípio da separação dos três poderes:
  •  O Legislativo, que faz as leis
  •  O Executivo, que manda executar as leis
  •  O Judicial, que julga o cumprimento da lei.
O Liberalismo oponha-se à teoria do mercantilismo, em que a riqueza de um país estava ligada à quantidade de metais preciosos que provinha das trocas comerciais, passando a defender o fisiocratismo que defendia que a riqueza provinha das riquezas naturais e que devia de haver mais liberdade.

Jean Jacques Rousseau - um famoso filosofo desta época


John Locke - Outro filósofo, mas este é conhecido por defender a tolerância


Reuniões iluministas

domingo, 23 de janeiro de 2011

Absolutismo

No antigo regime, o absolutismo foi a forma que a maioria dos reinos optou para governa-los.
O Rei detinha um poder absoluto e pessoal, e também era ele que tinha o poder legislativo, judicial e executivo pois ele tinha a palavra máxima para tudo, e quem se opusesse seria rapidamente castigado. Um dos grandes exemplos de um castigo era irem para a bastilha.
A família real, o rei e a corte tinham muitos luxos, faziam festas, banquetes e construíam vários palácios.
O rei fazia frequentes festas e vários passeios privados para atrair os cortesãos e para os manter a todos eles sempre ansiosos por agradar-lhe.
Com todos estes gastos, o rei, teve de aumentar os impostos para que o povo lhe sustenta-se os luxos.
A mobilidade social estava congelada, pois ninguém podia mudar de estatuto social.
O clero pertencia ao 1º estado, pois eles não pagavam impostos e como se acreditava que o rei, o dia da sua coroação recebia poder divino, e como o clero estavam sempre ao serviço de Deus, podiam estar descansados em relação aos seus poderes.
A nobreza pertencia ao 2º estado, e estava um pouco medrosa em relação ao absolutismo porque o rei poderia-lhes tirar alguns títulos, pondo a burguesia à frente deles. A nobreza dedicava-se à guerra e a grandes luxos.
O povo sofreu mito com o absolutismo pois tinham de pagar impostos muito elevados e a burguesia mesmo que fosse muito rica teria de continuar a pertencer ao povo, só se comprassem ilegalmente alguns títulos. Mas, a burguesia mais culta teve alguns privilégios porque o rei em vez de reunir as cortes preferia reunir alguns conselheiros da burguesia, porque estes não punham em risco o seu poder. Assim o rei dava títulos à burguesia (nobreza de toga) e eles podiam passar a pertencer à nobreza.
Durante a época do antigo regime, cada estado tinha de usar algumas roupas especificas para que todos soubessem a que classe social pertenciam. O clero tinha de vestir trajes eclesiásticos especiais. A nobreza tinha de usar certos tecidos de ouro e de prata. Já o povo teria de vestir tecidos pobres.

A Bastilha de Paris - uma das grandes construções absolutistas

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Precocidade de Portugal na formação de um império transoceânico

Foi no reinado de D.João I que se deu inicio à construção do império português com a conquista de Ceuta devido à necessidade de cereais que Portugal tinha, provocada pelas tragédias do século XIV.
Ainda no reinado de D. João I se abriu a expansão portuguesa ao rumo dos mares (exploração do Atlântico Sul, pela costa Africana).
Muito rapidamente, os negócios da costa ocidental africana se mostraram muito lucrativos e para assegurar o comércio dessas regiões, Portugal tomou algumas medidas preventivas:
  • O regime de navegação e comércio para a costa de África manteve-se aberto a todos aqueles que quisessem participar.mas teriam de dar um quinto do lucro obtido no trato dos produtos.
  • No reinado de D. João II passou a haver uma maior intervenção do estado. 
No reinado de D. Manuel I Portugal chegou a Índia e ao Brasil.
"A antiga rota das especiarias, através do mar vermelho, dominada por Veneza, foi substituída pela rota do Cabo, controlada pelos portugueses."

Caravela de Bartolomeu Dias

No próximo post irei falar da organização do comércio atlântico.

domingo, 24 de outubro de 2010

Hesitações do crescimento: crises cerealíferas, crises de subsistência e crises demográficas.

Directamente, sem especificar muito, os séc. XV e XVI foram épocas de crescimento económico e de crescimento demográfico, enquanto que "entre 1560-80 e 1715-20 foi tempo de crises cíclicas..." isto é, tempos em que se depararam consecutivamente com crises. Estas crises foram provocadas por vários factores:
  • Irregularidade das condições climatéricas que provocavam más colheitas, aumento da inflação, subalimentação e fome.
  • O elevado índice de mortalidade ao qual afectou gravemente a mão de obra que originou carências, provocou paralisações ou influenciou o equilibrio da oferta e da procura.
  • Por ultimo as guerras que provocaram grandes índices de mortalidade, destruição e a devastação dos campos agrícolas que originou grandes subidas nos impostos.
Crises de subsistência, pestes e guerras, estão todas elas associadas pois uma provoca a outra e se uma determinada região tiver duas destas crises irá originar uma grande crise demográfica e uma subida elevadíssima da mortalidade.

O Banquete Nupcial, de Brueghel, representa o crescimento económico e a abundância de produtos no séc. XVI
   No próximo post irei falar da precocidade de Portugal na formação de um império transoceânico.